menos é mais

o parar para pensar pratica-se nas grandes decisões da vida, mas também nas pequenas, como a compra deste ou daquele livro, daquela peça de roupa, no follow que se faz àquela conta de Twitter. menos é mais.

o JOMO (Joy of Missing Out) deve ser abraçado: não temos de saber tudo ou de tudo. é bom não saber tudo, pois já escolhemos as fontes onde vamos buscar a informação que nos faz falta.

estabeleçam os vossos critérios: escrever ajuda a não perder o foco e evita o imediato do subscribe, do buy now, do follow, do tap here.

menos é mais

cada vez mais tem menos sentido para mim a expressão online e offline, como se houvesse uma linha forte e intensa a separá-las.

quando li o The Onlife Manifesto, esta expressão pareceu adequar-se plenamente à minha vida e à de tantos outros. a vida é onlife. não fazemos log out no computador, nem nas apps que temos no telemóvel. não fazemos log out do digital para entrar em modo IRL (In Real Life).

aceito que eu e todos os que se identificam com o que acabei de escrever vivam numa bolha. não vamos mais longe: em Portugal esta realidade não está presente na vida de todos. regressemos à bolha.

nesta bolha onde tu e eu vivemos, somos onlife. uma vez reconhecida esta experiência é importante fazer o exercício minimalista, a vários níveis.

 

menos é mais 1

 

o número e a ditadura da quantidade

a vertigem do número atrai-nos: o número de livros que temos, o número de livros que lemos, o número de pessoas que seguimos e que nos seguem, o número de likes.

quando damos por nós temos ruído: nas prateleiras dos livros, nos instagrams da vida, nos tweets que publicamos.

vivemos com a ideia de que ter muito ou muitos é bom: todavia, um olhar mais demorado faz-nos ver que a qualidade nem sempre está presente.

menos é mais: libertem as prateleiras dos livros a mais, libertem as apps dos following que não acrescentam valor.

 

o atropelo de informação

o fluxo de informação é enorme e por isso é tão importante escolher as fontes que nos oferecem qualidade, que nos acrescentam valor.

o JOMO (Joy of Missing Out) deve ser abraçado: não temos de saber tudo ou de tudo. é bom não saber tudo, pois já escolhemos as fontes onde vamos buscar a informação que nos faz falta.

estabeleçam os vossos critérios: escrever ajuda a não perder o foco e evita o imediato do subscribe, do buy now, do follow, do tap here.

 

parar para pensar

o parar para pensar pratica-se nas grandes decisões da vida, mas também nas pequenas, como a compra deste ou daquele livro, daquela peça de roupa, no follow que se faz àquela conta de Twitter. menos é mais.

 

[artigo redigido em Setembro de 2019 para The Minimal Magazine]

 

📷 Jerin J on Unsplash