4 razões para integrar a hashtag na comunicação

uma hashtag não tem de conter o nome da marca. a hashtag quer-se simples, de fácil leitura e curta. convém ser fácil de lembrar para que no momento da partilha a pessoa não tenha grandes dúvidas sobre qual deve usar e de como se escreve.

a hashtag é fundamental no #twitterchatpt, por exemplo: é à volta da hashtag que se acompanha a conversa. mas não conversamos só no twitter, pois não?

o que é a hashtag?

a hashtag tornou-se num elemento crucial da comunicação, seja nas redes sociais ou fora delas:

A hashtag is a keyword or phrase preceded by the hash symbol (#) that people include in their social media posts.

Essentially, it makes the content of your post accessible to all people with similar interests, even if they’re not following you.

 

de 2007 para cá, desde a sua criação, a hashtag conquistou um lugar de destaque nas montras das lojas, nos individuais dos restaurantes, nos outdoors das campanhas políticas.

eis o momento que chris messina sugeriu a utilização do sinal de cardinal no twitter:

https://twitter.com/chrismessina/status/223115412?s=20

 

lembro-me de ter desenhado um sinal de diferente num quadro, numa sala de 1.º ciclo, algures em 2016, e de uma das crianças (com cerca de 8 anos) me ter interpelado: “joana, desenhaste uma hashtag, mas falta-lhe uma perna.” WHAT?!

 

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a hashtag é fundamental no #twitterchatpt, por exemplo: é à volta da hashtag que se acompanha a conversa. mas não conversamos só no twitter, pois não?

 

como é que se cria uma hashtag?

primeiro que tudo, há que pensar numa palavra ou num conjunto de palavras curto e simples. pode ter ou não o nome da marca. podem jogar com maiúsculas ou minúsculas para permitir uma leitura fácil.

o passo seguinte passa por verificar se já há conteúdo agregado à mesma, nas mais variadas plataformas. tudo ok? então é usar e “espalhar” a hashtag pelos diversos pontos de comunicação entre a marca e os clientes e potenciais clientes.

a hashtag não deve ser demasiado genérica, para evitar falha de interpretação por parte das pessoas humanas:

(…) hashtags that have the large percentage of unrelated usage to companies have one thing in common; which is the hashtags have a broad meaning and are susceptible to various interpretation.

These hashtags tend to be used in other ways than what the company intended them to be used. For example, hashtags #IWILL, #Bettertogether, #ThereWillBeHaters. These three hashtags were used by the companies under the category of branding and marketing, but they were used in an unrelated way by Twitter users and consumers as 50% (#IWill), 99% (#BetterTogether), and 57% (#ThereWillBeHaters) of these were under the category of unrelated.

It is very clear that these hashtags are too generic, as they do not contain any specific meaning or word that could be related back to the companies.

uma vez criada e partilhada, a quem pertence a hashtag? 

a hashtag é de quem a usar. deve servir a comunidade, tal como refere a Narmadhaa:

Now millions of people use the hashtag to collect information about using Twitter.

Hashtags are great for archiving.

That commonality is essential. Even though you initiate the hashtag, it shouldn’t be reserved for you. Make it a concept that people can relate you to.

It’s about building a community, like our guest emphasized.

 

o que fazemos quando vemos uma hashtag?

vamos procurá-la nas nossas redes sociais, nomeadamente no twitter e no instagram. vamos querer utilizá-la quando partilhamos fotografias ou comentários nas redes sociais, pois sabemos que é uma forma da marca saber que existimos e que gostámos (ou não) da experiência.

 

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vamos às quatro razões para integrar a hashtag na comunicação da vossa marca?

 

dizer a marca sem mencionar a marca

uma hashtag não tem de conter o nome da marca. a hashtag quer-se simples, de fácil leitura e curta. convém ser fácil de lembrar para que no momento da partilha a pessoa não tenha grandes dúvidas sobre qual deve usar e de como se escreve.

procurem uma hashtag relevante que possa viver para lá do momento em que é criada. para algumas marcas ou para alguns eventos pode ter sentido usar uma hashtag em inglês, pois isso dá-lhe uma vida para lá da nossa geografia. a escolha da hashtag é um momento que deve ser considerado como parte da estratégia de comunicação. por isso mesmo, não tenham pressa e façam alguma pesquisa antes de escolher a hashtag.

 

escutar o que dizem sobre nós

várias plataformas de social listening permitem uma monitorização fiel do que partilhado nas redes sociais, usando a nossa hashtag. preparem-se para ouvir comentários positivos e negativos. preparem-se, também, para saber que perguntas ou dúvidas têm os clientes e potenciais clientes em torno do nosso produto ou serviço.

se assim for, ou seja, se encontrarem comentários, perguntas ou dúvidas, não hesitem em esclarecer, oferecer ajuda e perguntar como é possível melhorar. não deixem uma fotografia por ❤️. não percam uma possibilidade de escutar o que dizem sobre nós e de transformar esse momento numa interacção que fortaleça a relação entre a pessoa e a marca.

 

 

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um convite ao UGC

perguntaram-me: “joana, o que posso fazer para ter mais conteúdo para o meu instagram?” – e eu respondi: faz com que os teus clientes produzam esse conteúdo. como? ora, se estivermos a falar de uma sala de formação, coloquem a hashtag de forma bem visível na sala, quem sabe mesmo ao lado da password do wifi. se têm um estabelecimento onde haja mesas, arranjem uma forma de colocar a hashtag nos elementos físicos de comunicação desse espaço.

a marca tem elementos de merchandising? canetas, cadernos, calendários? ora bem, a hashtag também pode morar aí. há que pensar nos pontos de contactos visuais que existem num evento (o badge, os cartazes de divulgação, a informação que passa nos écrans) e encontrar formas de facilitar a visualização da hashtag.

até há quem indique a hashtag como um elemento de informação comum nos convites de casamento ou baptizado. tal elemento faz com que facilmente se encontre o conteúdo criado e partilhado pelos convidados nas redes sociais. o termo técnico para isto é UGC, user generated content.

 

estabelecer contacto com clientes e potenciais clientes

a hashtag serve para quem já é nosso cliente e também para os potenciais clientes. o conteúdo criado  e partilhado pela Maria nas suas redes sociais chega aos seus seguidores. estes podem ter curiosidade em saber mais sobre aquele produto ou serviço presente no conteúdo da Maria. os seguidores clicam na hashtag e encontram o conteúdo gerado à sua volta e Ta-DA! encontram também a nossa marca.

há que garantir que a hashtag se encontra na nossa bio das redes sociais, nos nossos tweets nas publicações.  serão poucos os clicks necessários para que os seguidores da Maria nos encontrem. o word of mouth é uma ferramenta muito poderosa e a hashtag serve para passar essa mensagem, de forma simples e que já é do entendimento de grande parte dos utilizadores das redes sociais.

 

hashtag

 

e ainda, os eventos:

tal como refere Madalyn Sklar no artigo The Power of Event Hashtags and How to Gain Traction With Yours, a hashtag é um elemento importante na comunicação dos eventos.

em Portugal é habitual assistir eventos onde não há uma hashtag oficial comunicada de forma clara. desta forma, a organização perde uma oportunidade muito valiosa de acompanhar o que dizem sobre o evento e, também, de ter UGC que poderá partilhar nas suas redes sociais.

recordam-se da história da criança e do sinal de diferente? pois é, se uma criança de 8 anos já percebeu a importância da hashtag, por que razão os crescidos se esquecem dela nos eventos e afins?

nestas situações, e sem uma hashtag assumida de forma clara pela organização, é comum ver os utilizadores a dar largas à imaginação e a criar uma hashtag e outra e ainda outra. assim, perdemos o rasto do conteúdo produzido e a possibilidade de conversa com essas pessoas, para lá do evento em si.

 

tweet, hashtag & shout!