web summit em 2020

anunciei na última newsletter cá da casa que iria falar sobre a experiência web summit. não sei como se chama às ‘ssoas que frequentam a web summit, mas se for, por exemplo, web summiter, então eu sou isso: Tenho tido a possibilidade de acompanhar o Web Summit desde que a conferência se mudou, de armas […]

anunciei na última newsletter cá da casa que iria falar sobre a experiência web summit. não sei como se chama às ‘ssoas que frequentam a web summit, mas se for, por exemplo, web summiter, então eu sou isso:

Tenho tido a possibilidade de acompanhar o Web Summit desde que a conferência se mudou, de armas e bagagens, para a cidade de Lisboa. Assumi sempre o ponto de vista de “quero aproveitar para aprender coisas” – e depois, só depois, aproveito para rever amigos e conhecidos

tenho tido a oportunidade de frequentar a conferência de forma gratuita: já estive por lá a convite da Active Media, em trabalho pelo Shifter e, mais recentemente, como media a convite da própria organização.

para quem frequenta o twitter é natural que se olhe para os trending topics como sinal de impacto do evento X ou Y nas conversas que acontecem na rede do passarinho Larry.

a verdade é que a web summit não mobilizou as tendências como é habitual, ocupando o lugar #1. recordo-me de ver a # algures no top 10; pesquisando pela mesma no twitter dei-me conta que havia menos conversa em torno da #.

apresento três razões para tal:  (1) ainda que o evento seja de cariz tech, a verdade é que mobiliza muitas pessoas pelo possibilidade de encontro de outras pessoas nos corredores; em suma: o networking mobiliza muitos dos seus visitantes. acresce que (2) há um cansaço evidente perante aquilo que acontece online e é natural que estejamos mais focados em ouvir, participar no chat que acompanha a conferência, sem ir à “janela do lado” para fazer tweets;  e (3) quando estamos a assistir a uma conferência online torna-se mais difícil ter conteúdos para partilhar. sim, podemos partilhar pontos de vista, mas falta a foto do orador, a foto da pessoa X que encontrámos aleatoriamente ou o registo do momento da pausa para o café.

confesso que o meu live tweeting foi fraco precisamente por estar mais atenta às conferências e por querer acompanhar o que se dizia no chat.

 

três dias com menos passos acumulados

em 2020 a web summit aconteceu de modo 100% online, nos dias 2, 3 e 4 de dezembro..

a conferência acolheu 104 328 participantes de 168 países diferentes. não há dados oficiais, mas  posso afirmar com segurança que cada um dos participantes andou muito menos nesta edição. a caminhada fazia parte do ritual, bem como as enchentes de pessoas no metro de Lisboa. confesso: não tenho saudades desses encontrões e dos kms feitos de forma apressada para não perder aquela conferência.

compreendo que para um outro público estes encontros (e encontrões) possam ser o melhor “da festa”:

“Aqui, eles [os investidores] estão escondidos e vão realmente às empresas que querem”, partilha com o PÚBLICO através do serviço de mensagens da aplicação da Web Summit. “No evento, conseguíamos captar a atenção de uma forma visual, seja pelas nossas camisas ou pelo nosso stand. Aqui não conseguimos tanto.”

ainda no artigo da Karla Pequenino, no Público, é possível ler:

Ainda assim, o levantamento que fazem foi positivo. Se existir outro evento online vão voltar. “Gostei das perguntas que apareciam nas videoconferências, dos emojis que podíamos enviar, e dos programas de mensagem como uma forma de interagir com os outros participantes”, enumera Molterer. “Apesar de tudo, a sensação de comunidade estava lá, especialmente com sistemas como o Mingle”, nota.

A função “Mingle” (inglês para “convívio”) é uma das formas que a Web Summit arranjou para recriar os encontros casuais que acontecem na feira. Como? Juntando participantes aleatórios para conversar em videochamadas de três minutos. “Comparativamente aos vídeos que são transmitidos em directo no YouTube, sentimo-nos mais envolvidas na cimeira”, explica Molterer.

 

online ou presencial, é importante planear

[ainda os números] a web summit acolheu 679 conferências, em 5 salas distintas. aconteceram 290 mesas redondas, 154 masterclasses e 70 Q&A. os números são impressionantes e, da minha parte, não senti dificuldades técnicas no acesso ou na navegação entre salas. a minha experiência foi muito boa. confesso que me preparei melhor para esta edição, escolhendo aquilo que não queria mesmo perder.

pelo meio ainda aconteceu uma edição #twitterchatpt, à qual tive de dar carinho e atenção. já não é a primeira vez que web summit e #twitterchatpt acontecem no mesmo dia: quem se recorda da edição na qual o Wandson foi convidado?

 

e ideias?

o trabalho remoto, a vida cóvidiana que nos empurrou para a transformação digital, a inteligência artificial, a ética e a humanidade: eis alguns dos tópicos que condicionaram as escolhas para a minha agenda web summit 2020.

 

 

a desinformação também foi alvo de conversa:

 

 

o Fernando Machado inspirou-nos com um mantra simples (e tão difícil):

 

o futuro da web summit

Lisboa, Tóquio e Brasil (Rio de Janeiro ou Porto Alegre) são os próximos destinos da web summit que quer muito voltar ao formato presencial. vá, confesso. eu também quero muito voltar à vida dos encontrões e das corridas de pavilhão em pavilhão.

 

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(foto de destaque © web summit, 2019)