The Fab Four ou os 4 C: comunidade, consistência, conteúdo e contexto

Não há receitas que funcionem com cada um de vós, pois certamente aquilo que têm para dar (conteúdo) será único, assim como o contexto. E se não for, malta, pensem duas vezes antes de publicar ou de agir: estamos cansados do “mais do mesmo”, não estamos?

the_fab_four_comunidade

o sentimento de pertença a uma comunidade é algo cujo valor é tantas vezes intangível. a comunidade é aquele espaço onde podemos desabafar, onde fazemos perguntas, onde ajudamos e somos ajudados, onde partilhamos conteúdo que acrescenta valor aos outros. nas redes sociais as comunidades são fundamentais para que possamos crescer, sejamos nós uma pessoa ou uma marca.

em tempos escrevi um texto, para o Shifter,  sobre a Santíssima Trindade. era uma santidade de três que, na verdade, são quatro. ao preparar uma formação sobre gestão de comunidades surgiu-me uma nova forma de pensar esta trindade de quatro, a partir de uma das minhas bandas preferidas: The Beatles, aka the Fab Four.

 

comunidade

o que é a comunidade? segundo o dicionário, comunidade é um conjunto de pessoas que vivem na mesma área e que têm interesses em comum, pertencem ao mesmo grupo social ou à mesma nacionalidade, e:

on social media, a group of people who have similar interests or who want to achieve something together:

Let your voice be heard on this issue; join our Facebook community.

My family is aware of the way my virtual community has infiltrated our real world.

I have been watching the forum develop and grow as an online community for librarians to exchange ideas about using technology.”

 

o sentimento de pertença a uma comunidade é algo cujo valor é tantas vezes intangível. a comunidade é aquele espaço onde podemos desabafar, onde fazemos perguntas, onde ajudamos e somos ajudados, onde partilhamos conteúdo que acrescenta valor aos outros. nas redes sociais as comunidades são fundamentais para que possamos crescer, sejamos nós uma pessoa ou uma marca.

os quatro passos de construção de uma comunidade são:

🖇 connect – estabelecer ligações com vista à criação de relações fortes;

💁🏽 give – dar, antes de receber e assim permitir criar um posicionamento relevante para a comunidade;

🙌🏾 share – partilhar, não só o que fazemos, mas também o que os outro fazem, reconhecendo o seu valor;

🏆 grow – o crescimento acontece com base em relações de confiança e de win /win.

 

consistência

escrevi no artigo do Shifter e repito:

A consistência vive de dedicação, de resistência à frustração e da disponibilidade para aprender através da tentativa e do erro. Ver que um tweet se tornou viral é giro, pode até trazer-nos visibilidade durante um dia ou dois, mas se não mantivermos uma presença consistente, com contributos permanentes para a comunidade, o viral não terá valido de nada.

a consistência é um grande desafio para a presença numa rede social e, mais especificamente, para projectos como o #twitterchatpt. quando me propus a iniciar este projecto assumi o compromisso de manter edições frequentes, na medida do que me é possível assegurar.

porquê? pretendia conquistar um patamar de consistência tal que faz com que a comunidade que participe pergunte pelas datas, pelos temas ou pelos convidados e que faça sugestões de melhoria.

 

conteúdo

let’s go all academic on this? let’s.

diz-nos Jaqueline Dias que:

Por meio do conteúdo é possível narrar histórias, convertendo consumidores em propagadores da marca, conectando-os em uma esfera emocional; não há um ambiente mecânico, mas sim significativo (Cain, 2013). Contudo, é necessário citar que há diferença entre marketing de conteúdo e conteúdo.

Em relação ao primeiro, ele é um formato estruturado que tem por objetivo atrair a audiência para uma experiência junto à marca, ponderando dúvidas e interesses de ambas as partes, com valor comercial específico, enquanto o segundo é encontrado em todo lado, em produtos, vendas, eventos, entre outros (Cain, 2013; Linn, 2016; Rock Content, 2017a).

O marketing de conteúdo é uma área muito promissora e a tendência é de que ela permaneça em expansão (Advertising Age, 2014; The Content Council, 2016).

contexto

sem o contexto, a mensagem pode ser descaracterizada, mal interpretada ou até ignorada. é fundamental a sensibilidade ao contexto para perceber o que devemos dizer, quando e a quem.

 

há umas semanas o instagram foi invadido pelo #dollypartonchallenge, um desafio que as ‘ssoas humanas que navegam na internet abraçaram como se não houvesse amanhã. pessoas, marcas, entidades de todas as nacionalidades responderam com as suas versões do tweet de Dolly Parton. ora, sem este contexto, o do tweet da Dolly e a forma como rapidamente viralizou, poderia ser muito estranho compreender as publicações de museus ou até da Marinha Portuguesa:

 

 

resumindo e baralhando

este tweet acontece em resposta a uma pergunta que aconteceu durante o twitter chat moderado pela Madalyn Sklar. tem, por isso, um contexto. todavia, o seu conteúdo aplica-se a outras contextos. seja no twitter ou noutra rede social é importante ser consistente (para conquistar confiança), atender ao contexto e comunicar em consonância com o mesmo, criar ou fazer curadoria de conteúdo com valor e cuidar da comunidade. senhoras e senhores, eis os 4 C:

https://twitter.com/JoanaRSSousa/status/1222953134454120448?s=20

recupero o artigo do Shifter para fechar, correndo o risco de me repetir. considerem as repetições como uma espécie de marcador amarelo ou post it XXL para não esquecer:

Seja online, seja offline, as linhas orientadoras para criar e vincar uma presença junto dos outros passa por apostar no conteúdo (que cative e que seja relevante, acrescentando a valor aos outros), adequado ao contexto e no qual se reconheça consistência (na frequência, na abordagem, no tom genuíno). Não há receitas que funcionem com cada um de vós, pois certamente aquilo que têm para dar (conteúdo) será único, assim como o contexto. E se não for, malta, pensem duas vezes antes de publicar ou de agir: estamos cansados do “mais do mesmo”, não estamos?

 

fonte da fotografia dos Beatles: pinterest