Frances Haugen: transparência, verdade e esperança #websummit

no dia de abertura da edição 2021 web summit tivemos a oportunidade de ouvir Frances Haugen, a pessoa que recentemente trouxe a público informações preocupantes sobre a empresa facebook: [o] trabalho do WSJ resulta de um conjunto de documentos obtidos internamente pela denunciante Frances Haugen, mas não é tudo o que se escreveu sobre a […]

no dia de abertura da edição 2021 web summit tivemos a oportunidade de ouvir Frances Haugen, a pessoa que recentemente trouxe a público informações preocupantes sobre a empresa facebook:

[o] trabalho do WSJ resulta de um conjunto de documentos obtidos internamente pela denunciante Frances Haugen, mas não é tudo o que se escreveu sobre a empresa de Sillicon Valley. Os Files são uma pequena parte dos Facebook Papers, um esforço que junta dezenas de jornalistas num consórcio e que integra outros meios além do do WSJ. Ao de cima, chegam-nos novas revelações sobre as práticas do Facebook, mas também denúncias de situações que já todos conhecíamos, incluindo a própria empresa, mas que nunca resolveu. (Mário Rui André, Shifter)

 

Frances foi bastante clara no que diz respeito à motivação para denunciar: “todos os seres humanos merecem a dignidade de saber a verdade”. quando perguntada sobre os motivos para outras pessoas dentro da empresa não fazerem denúncias, a data scientist enquadrou essa questão de outra forma: a sua experiência de trabalho noutras empresas dava-lhe uma segurança para avançar com as denúncias que outras pessoas não têm.

 

pode ler-se num artigo CBSNews, assinado por Scott Pelley: “The thing I saw at Facebook over and over again was there were conflicts of interest between what was good for the public and what was good for Facebook. And Facebook, over and over again, chose to optimize for its own interests, like making more money.”

 

“O Google e o Twitter são mais transparentes”, garante, dando um simples exemplo: “Percebi muito cedo que precisamos de ter organizações saudáveis. Uma das coisas que o Facebook tem que, por exemplo, o Twitter não tem é que, no Twitter, a equipa que decide o que é seguro na plataforma não é a mesma que garante que os políticos estão felizes”. (Daniela Espírito Santo, Renascença)

 

a crise de confiança é tendência nos palcos web summit pelo menos desde 2019, depois da presença de Edward Snowden e também de Katherine Maher, CEO da wikipédia.

será que a web summit 2021 vai voltar a trazer estes tópicos para as conversas entre os participantes na conferência?

outra pergunta: o que é que cada um de nós fez pela confiança, pela genuinidade, pela humanidade, pela autenticidade e pelo meaningful da vida desde então – além de ter procurado sobreviver a uma pandemia?

 

e ainda outra pergunta:

 

 

notas finais:

  • revê AQUI o meu olhar sobre a edição 2020 da web summit;
  • sobre whistleblowing em português: [a minha geração podcast] a jornalista Diana Duarte entrevistou recentemente Luísa Teixeira da Mota, advogada de Rui Pinto.

 

📷 web summit, via twitter